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Prefeitura de Ji-Paraná inaugura agroindústria para abate de aves

Os produtores da Associação de Micro Abatedores de Frango (Amifrango) do setor rural gleba “G” em Ji-Paraná estão entusiasmados. A inauguração da Agroindústria Ki-frango, realizada no último sábado, deu a eles a expectativa de ampliação de seus negócios.

A pequena indústria já possui demanda para abater 500 cabeças de aves por semana, mas existe a possibilidade real de o número de abates triplicar devido a demanda existente no mercado.

Para colocar a agroindústria para funcionar, a prefeitura de Ji-Paraná investiu R$ 33 mil para aquisição dos equipamentos, forneceu técnicos da Secretaria de Agricultura e realizou a certificação com o serviço de inspeção municipal, coube aos produtores se organizarem e construir a sede da agroindústria.

Com os recursos foram comprados equipamentos para insensibilização das aves, máquina para escalda com termômetro, máquina de depenar, mesa e equipamentos para retirada de vísceras, mesa para gotejamento, câmera de resfriamento, mesa de embalagem com embalador acoplado, balança de precisão e freezer para armazenamento.

O prédio construído possui 64 metros quadrados, com área de higienização, área para limpeza de aves, sala de escalda, sala de evisceração e área de embalagem e armazenamento.

Para a presidente da Associação Amifrango, Helena Hercolin, com o inicio das atividades do micro abatedouro, o mercado de Ji-Paraná está cada vez mais aberto ao produto. “Agora com a Certificação e o Registro de Inspeção Municipal temos a oportunidade de fornecer frango para instituições públicas através dos Programas Governamentais como o PNAE e PAA e também para o mercado local”, ressaltou.

A produtora Rosângela Almeida de Araújo, por exemplo, fechou contrato com duas escolas do município e fornecerá 360 quilos de frango para merenda escolar, através do programa de aquisição de alimentos da agricultura familiar.

O Prefeito de Ji-Paraná Jesualdo Pires (PSB), ressaltou que o apoio do poder público é fundamental para desenvolver o produtor rural. “Esse investimento realizado pela prefeitura está trazendo uma condição melhor de produtividade e ampliação de renda a diversos produtores que fazem parte desta associação. Hoje Ji-Paraná tem várias iniciativas como esta. Na próxima semana estaremos inaugurando outro abatedor de aves e temos outras oito agroindústrias que estaremos entregando e certificando nos próximos dias”, reforçou Jesualdo.

Já o vice-prefeito Marcito Pinto, lembrou que a certificação e a inspeção pela Secretaria Municipal de Agricultura dá ao produtor e ao consumidor  maior segurança, uma vez que todos terão a certeza de que a qualidade do produto está atestada. “Hoje estamos vivendo uma realidade no Brasil onde as exigências sanitárias são bastante severas. Os consumidores estão mais exigentes. Por isso para ter um produto no mercado com qualidade é fundamental que ele esteja dentro dos padrões de qualidade exigidos pela legislação nacional. Hoje os agricultores da Amifrango estão de parabéns, porque o frango que sair deste abatedouro terá a qualidade exigida por lei e pelos consumidores”, frisou Marcito.

Segundo a secretária municipal de agricultura, Claudia de Jesus, há muitos anos não havia uma politica pública voltada a industrialização da produção rural. “Infelizmente é um setor produtivo que ficou estagnado por muitos anos. Tão logo assumimos a Secretaria de Agricultura, no ano de 2014, iniciamos uma parceria com o Governo do Estado para fomentar  a criação de agroindústrias em nossa cidade. Hoje já temos a certificação para os mais variados produtos como defumados, produtos derivados de leite, mandioca, biscoito e doces”, lembrou Claudia.

Para o coordenador de agroindústria do Estado de Rondônia, Carlinhos Dantas, o Estado de Rondônia possui um grande potencial econômico alicerçado nas pequenas propriedades rurais. “Hoje estamos conseguindo avançar devido ao apoio governamental oferecido aos agricultores familiares e as agroindústrias tem um papel fundamental neste processo de desenvolvimento, pois é com elas que o produtor consegue agregar valor e qualidade aos produtos que vem da agricultura familiar. Rondônia tem capacidade e potencial para produzir muito mais alimentos. Já estamos avançando e vamos avançar mais”, previu Carlinhos.