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Palestras a Profissionais da saúde sobre a prevenção do suicídio

O Brasil é o 8º, entre quase 200 países, que mais registra suicídio. São 11 mil pessoas por ano. Para alertar sobre esse índice que tem aumentado cada vez mais, a Prefeitura de Ji-Paraná, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, Educação e Assistência Social, está realizando várias ações de conscientização sobre o tema durante esta semana.

Na manhã desta quarta-feira (11), vários profissionais da área da saúde como enfermeiros e agentes comunitários participaram de palestras oferecidas pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do município. Os médicos Wendell Jânio de Oliveira e Démetrio Cheron conversaram sobre como é possível prevenir o suicídio.

O objetivo das palestras, segundo a coordenadora do Programa Estratégia Saúde da Família, Marlene Alencar, foi oferecer aos profissionais informações que ajudem no dia a dia do trabalho com a população.

 “Caso os profissionais percebam os sinais da depressão e suicídio durante os atendimentos, que nos tragam esses casos para que possamos elaborar ações que ajudarão essas pessoas. Todos nós podemos ajudar. A maioria de nós já teve alguém próximo que usa ou já usou medicamentos controlados, teve algum tipo de crise emocional ou tenha tentado se matar”, frisou a coordenadora.

As ações são concentradas no mês de setembro, considerado o período de intensificação da campanha de prevenção do suicídio, mas atividades são realizadas durante todo o ano. “É preciso falar sobre esse assunto sempre. Os profissionais estão orientados a dar esse suporte para as famílias atendidas principalmente nas unidades de saúde do nosso município”, reforçou Bruno Cesar, diretor da Atenção Básica.

Para o médico do Caps, Wendell Jânio de Oliveira, a iniciativa é extremamente importante, pois no passado havia um pensamento de que falar sobre suicídio acabava estimulando as pessoas a fazerem isso.

“Na prática temos visto que é diferente. Quanto mais a gente fala é melhor, pois chama a atenção daqueles que estão num quadro depressivo ou pensando na possibilidade de cometer suicídio. Isso trás alívio para essas pessoas, pois demonstra que estamos interessados no problema delas. Falar sobre o assunto acaba mostrando o caminho de onde buscar ajuda e que o município oferece atendimento com profissionais gratuitamente”, explicou.

Mas afinal, como ajudar as pessoas que dão sinais de que estão pensando em suicídio? Para o médico Wendell, as pessoas geralmente acabam dizendo algo para tentar ajudar, mas na verdade o que devem fazer é se colocar a disposição para ouvir.

“Nós aconselhamos a população a ouvir mais do que falar. Isso faz com que a pessoa que está pensando em suicídio possa desabafar e perceber que há interesse em ajudar. Em um segundo momento é preciso levar a pessoa até um profissional da área de saúde mental para que possa receber atendimento, e se for necessário utilizar algum medicamento”, finalizou o médico.

 Decom