Prefeitura de Ji-Paraná fortalece combate à violência sexual na 1ª infância
Ji-Paraná terá um avanço significativo no combate à violência sexual na 1ª infância. A Prefeitura, por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), implantou um projeto que visa orientar profissionais da educação sobre como identificar e lidar com casos de violência sexual envolvendo crianças.
Além da orientação, a Prefeitura distribuiu livros pedagógicos e os bonecos Pipo e Fifi que serão usados no trabalho de prevenção em 32 escolas municipais, atendendo quase 7500 estudantes.
Também receberam os kits pedagógicos os três Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), os dois Conselhos Tutelares, o Instituto de Acolhimento Adélia Francisca, e as entidades da rede de proteção à criança, cadastradas no Conselho Municipal de Assistência Social (CMDCA), como a Orquestra em Ação, Sonho Meu, Cantinho do Céu, Casa de Nazaré e Grilo Falante.
Segundo a coordenadora do CREAS, Glécia Ranny Alves, todo o material foi adquirido pela prefeitura municipal, com recursos no valor de R$ 10 mil reais, oriundos da 1ª Vara do Trabalho, por meio de iniciativa do Juiz Doutor Carlos Antônio Chagas Junior. Os valores arrecadados com ações trabalhistas, multas e Termos de Ajustamento de conduta (TAC), são revertidos em investimentos para projetos sociais na cidade de Ji-Paraná.
“Nós temos ótimas ferramentas nas mãos. Os bonecos Pipo e Fifi e o livro Ensinando proteção contra a violência sexual, explicam às crianças conceitos básicos sobre o corpo, sentimentos e emoções. De forma simples e descomplicada, ensinam a diferenciar toques de amor de toques abusivos e aponta caminhos para o diálogo, proteção e ajuda às famílias e crianças vítimas de abusos sexuais. É um avanço muito grande para a rede de proteção e combate a violência sexual em Ji-Paraná”, explicou a coordenadora do CREAS.
A preocupação em oferecer um serviço preventivo para este público surgiu de uma pesquisa feita pelo CREAS no próprio atendimento. Os relatórios apontam que nos últimos dez anos a maioria das vítimas de violência sexual atendidas tinham entre 9 e 14 anos.
“Vendo o histórico familiar, percebemos que os abusos começaram quando essas crianças tinham entre 6 e 7 anos de idade. Por isso a necessidade de fazer um trabalho específico para a 1ª infância. Eles precisam de informação. Estamos orientando o profissional da educação que podem ser a pessoa de confiança que esta criança vai poder contar o que está acontecendo. Eles precisam ouvir sem julgamentos e informar ao Conselho Tutelar. Se não quiser se identificar, basta ligar no Disque 100 e fazer a denúncia anônima”, ressaltou Glécia.
Além do trabalho de prevenção, a Prefeitura oferece, por meio do CREAS, o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI). A equipe é composta por profissionais de diversas áreas, como assistente social, psicólogo, pedagogo e advogado. Entre as atividades está a atenção especializada; orientação sobre direitos; encaminhamento para outros serviços da Assistência Social e de outras políticas, como saúde, educação, trabalho e renda, habitação; orientação jurídica e acesso à documentação.
Decom