Governo entrega 13 mil litros de nitrogênio a pequenos produtores rurais de Rondônia
O balanço parcial de 2020 informado pela Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), demonstra a entrega de 13.123,20 litros de nitrogênio ao produtor rural da agricultura familiar de todas as regiões de Rondônia. O nitrogênio é uma substância importante para a conservação de sêmen e de embrião utilizados em fertilização artificial, especialmente ao gado leiteiro.
São 267 produtores rurais assistidos com o nitrogênio no decorrer de 2020. A região sul do Estado teve o maior número de produtores beneficiados, sendo 62. Em seguida, a Zona da Mata, com 48 sitiantes. Nas regiões de Ji-Paraná, com 43, e de Porto Velho, com 41, são respectivamente, a terceira e quarta na posição de beneficiados com o nitrogênio.
Na região do Vale do Guaporé, 29 produtores foram contemplados. Nas regiões de Ariquemes e Pimenta Bueno, 22 produtores de cada região foram assistidos e ficaram igualmente na sexta posição entre as regiões beneficiadas com o nitrogênio subsidiado pelo Governo de Rondônia.
Os dados foram compilados pela direção da Usina de Nitrogênio, instalada no Centro de Treinamento da Emater (Centrer), em Ouro Preto do Oeste. A usina foi reativada em fevereiro deste ano, após dois anos de inatividade.
A reativação da usina foi uma determinação do governador coronel Marcos Rocha, no intuito de fomentar o aumento e melhoramento do rebanho bovino rondoniense e incentivar a elevação da produtividade leiteira.
“A usina tem condição de produzir para atender a demanda de todo o Estado. O Governo de Rondônia é um grande facilitador para que o homem do campo e o setor produtivo alavanquem no crescimento”, disse a administradora do Centrer, Karina Bachiega, ressaltando “a importância do benefício para a melhoria da qualidade do rebanho”.
Pela inseminação artificial, o produtor rural tem condições de apurar a qualidade genética do animal, ampliar a produção do leite e criar animais mais saudáveis. O nitrogênio tem a função de manter o sêmen à temperatura abaixo de -196ºC (cento e noventa e seis graus centígrados negativos).
A inseminação artificial é uma técnica de reprodução em que o sêmen de um touro é depositado no aparelho reprodutivo da vaca pelo homem. No Brasil, essa técnica foi difundida na década de 1970 e ainda é um mercado em ascensão e de grande importância para o melhoramento genético bovino.
O supervisor do escritório regional da Emater-RO de Rolim de Moura, extensionista rural Isac Fogaça, levou 350 litros do nitrogênio para abastecer 48 produtores rurais da Zona da Mata. O transporte do nitrogênio é feito em botijões específicos para essa finalidade.
“Em linhas gerais, o nitrogênio é um produto de difícil acesso ao pequeno produtor devido ao alto custo no mercado. A Emater providencia toda a logística e facilita o ingresso do produtor interessado a essa tecnologia de melhoramento genético”, disse Isac Fogaça, destacando que a operação logística ocorre, em média, a cada trinta dias.
Por meio do Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira (Proleite), o nitrogênio é subsidiado pelo Governo de Rondônia e o produtor paga seis reais por litro, livre do frete até os escritórios locais da Emater nos municípios.
Essa realidade torna a substância duas vezes mais barata, se comparado ao valor praticado no mercado, que é de R$ 18, sem considerar os custos do frete. A partir do escritório da Emater, onde deve ser retirado e transferido o nitrogênio em recipiente adequado, o transporte até a propriedade rural é de responsabilidade e custos do produtor.
Paulo Sérgio/Secom