Exposição itinerante do Museu das Comunicações está visitando escolas de Ji-Paraná
Aquela aula no pátio da escola foi mesmo diferente e possivelmente marcante para os alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Janete Clair, do Segundo Distrito de Ji-Paraná. Acompanhados dos professores eles foram surpreendidos pela ação educativa do Museu das Comunicações que levou até ali, bem diante dos olhos de todos, a mostra batizada de “As relações do homem com o meio ambiente na formação da paisagem cultural local”. Para cumprir este objetivo no ambiente escolar uma parte do acervo foi deslocada sob a forma de muitas fotos e reportagens antigas, máquinas de escrever e rádios igualmente antigos, equipamentos de telecomunicações, documentos históricos, gravuras, pinturas, discos, artefatos indígenas entre outros objetos. Tudo ali era desconhecido e reservava algum encantamento para os estudantes que nunca tinham visitado o Museu das Comunicações Marechal Rondon.
A recepção das salas que a cada pouco chegavam – e foram oito durante toda a manhã – ficou a cargo da funcionária Valdileia Aredes. Já as explicações sobre o material estiveram sob a responsabilidade da diretora Maricelma Chaves. Rodeada pelos jovens e respondendo a muitas perguntas, ela pôde avaliar na prática como foi acertada a decisão de, pela primeira vez, dar um caráter itinerante aos itens do museu. “Esta iniciativa facilitou e demais o conhecimento do museu. Nossa escola é um pouco afastada e a maioria dos alunos não têm como ir até lá. Também despertou demais a curiosidade deles porque foi uma verdadeira aula prática”, declarou a vice-diretora da escola Joelma Pinho. O professor de história, Leonardo Simão, estava agradecido e não poupou elogios: “Este é um grande serviço que o museu presta à escola, aos alunos e também aos professores. É um trabalho de vanguarda que dá oportunidade aos estudantes que não podem ir ao museu de conhecer o acervo tão valioso que existe lá. Ver o objeto histórico, tocá-lo, dentro de um contexto histórico, é sempre muito interessante. Ainda mais para esta geração que está acostumada a ver o mundo através das telas de TV, do computador ou do celular”, disse.
Todas as turmas diurnas do colégio terão a chance de apreciar as peças. “Nossa intenção é sempre ficar o dia inteiro nas escolas. Realmente estamos surpresos como os objetos antigos chamam a atenção dos estudantes porque eles não sabem do que se trata. É preciso explicar o que é. As fotos antigas e gravuras também despertaram bastante interesse deles. É tudo uma novidade”, explicou Maricelma. Tudo confirmado pela “galera”: Sara Domingos Santos, de 11 anos, revela que nunca foi ao Museu das Comunicações e achou tudo muito interessante. “A gente aprende mais quando vê as coisas de perto”, afirmou. Pedro Freitas, de 10 anos também foi direto: “A gente aprende muito ‘mais coisa que não sabia’ quando a gente vê na frente da gente”, revelou. As impressões sempre positivas estavam na cabecinha de todos os demais alunos abordados. Foi assim com o Marcos Antonio Borges, com a Ellen Tozetti, com a Hemilly Campos e com a Nicolly Pena, todos de 10 anos; com a Jenifer Martins, de 12 e com o Werick Son, de 11.
Nos dias 18, 19, 20, 23, 24 e 25 a Exposição “As relações do homem com o meio ambiente na formação da paisagem cultural local” estará respectivamente nas escolas estaduais Julio Guerra, Rio Urupá, 31 de Março, JK, Marechal Rondon e Cora Coralina.
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