Mesa-redonda debate o papel do cinema documental na preservação das culturas indígenas
Nesta terça-feira (24), a Universidade Federal de Rondônia (Unir) sediará uma mesa-redonda com o tema “O Papel do Cinema no Registro de Culturas Tradicionais”, uma abordagem ampla sobre o audiovisual como ferramenta de preservação cultural e pesquisa, com foco no cinema documental e sua contribuição para a valorização das tradições ancestrais dos povos indígenas.
O evento será promovido pela Fada Inad, produtora cultural. “Quando decidimos registrar as brincadeiras e a infância do povo Karo Arara, nosso compromisso foi o de fazer um trabalho com respeito. Hoje, mais do que nunca, precisamos fortalecer esses espaços de diálogo, onde o audiovisual contribui não apenas para preservar memórias, mas também para promover o reconhecimento e a dignidade dos povos indígenas. Que esse evento seja um momento de troca, aprendizado e inspiração para todos os participantes”, declarou Daniele Silva, produtora cultural.
O evento acontecerá às 19h no auditório da Unir e reunirá especialistas e representantes indígenas para refletir sobre o impacto do cinema etnográfico na manutenção da identidade cultural dos povos originários.
Entre os convidados estão o mestre em criação artística contemporânea, Otavio de Sousa, que abordará a linguagem cinematográfica e suas possibilidades narrativas; a representante do povo Karo Arara, Shirlei Arara, que trará sua vivência sobre a importância da autenticidade no processo de documentação audiovisual; e a diretora do documentário, Daniele Silva, que compartilhará a experiência de registrar as brincadeiras e a infância Karo Arara. A programação contará ainda com a participação da professora Edineia Aparecida Isidoro, do curso de Licenciatura Intercultural da Unir.
O encontro tem como proposta promover um espaço de diálogo e reflexão, destacando o cinema como meio potente de registro, visibilidade e respeito à diversidade cultural. “Queremos convidar a população de Ji-Paraná para que participem da mesa-redonda e vivenciem este momento de troca de saberes”, reforçou Daniele.
Ellem Araújo
