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Idosos participam de Oficina Terapêutica sobre plantas medicinais em Ji-Paraná

Quem nunca tomou aquele chazinho caseiro para curar uma gripe ou aquela dor no estômago? Fazer chá de plantas medicinais é uma prática popular antiga ainda muito usada principalmente entre os idosos. Preocupada com esta prática, sem orientação profissional, a Secretaria Municipal de Saúde de Ji-Paraná (Semusa), iniciou um projeto de saúde preventiva para orientar as pessoas da terceira idade a utilizar as plantas medicinais da forma correta.

Uma vez por semana, grupos de 20 idosos estão participando, no auditório da Semusa, de uma Oficina Terapêutica para aprender sobre o uso medicinal das plantas. Segundo a farmacêutica do município, Edileusa Dias, o objetivo é atender os 250 idosos do Programa Municipal de Atenção à Saúde do Idoso (Pasi). “Nosso objetivo é orientá-los a informar o médico sobre o hábito da ingestão de chás ou outra forma de preparo de plantas medicinais, pois pode interferir no tratamento e uso de remédios indicados pelo profissional de saúde”, explicou a farmacêutica.

As orientações são repassadas durante as oficinas pelo farmacêutico, professor universitário da Unijipa e especialista em Ciências Farmacêuticas na área de plantas medicinais, Ely Camargo. “Estamos promovendo uma educação em plantas medicinais, pois queremos resgatar essa prática antiga que se perdeu há anos, e que hoje está em evidência novamente. Para isso é preciso saber usar de forma segura e eficaz. O chá é muito bom, mas é preciso conhecer. Eu mostro aos idosos as plantas que eles estão acostumados a usar e que são tóxicas se manipuladas de forma errada”, disse o especialista.


Entre as dicas repassadas aos idosos, está o uso do açúcar nos chás. “Não pode usar de jeito nenhum. O açúcar tira o efeito da planta. E, além disso, não podemos cozinhar ou ferver a planta na água para não perder as propriedades. Primeiro é preciso ferver a água e depois colocar a planta e deixar esfriar. Assim, mantemos a qualidade do chá”, ensinou Ely Camargo.

A aposentada Isabel Ferreira da Silva, de 66 anos, gostou muito da oficina. “Eu nunca tinha participado de um curso como esse. Aprendi muitas dicas que vão me ajudar bastante. Agora eu sei que não posso cozinhar as plantas para fazer o chá e que preciso informar meu médico sobre o uso dele. Sabendo disso eu vou sarar mais rápido”, disse sorridente.